Envolvidos na morte de Rafael Mascarenhas saem de presídio no Rio
Rafael Bussamra e seu pai, Roberto Bussamra, responderão em liberdade.
Eles estavam presos desde a última sexta-feira(23).
Rafael de Souza Bussamra e seu pai, Roberto Bussamra, estão em liberdade desde o fim da tarde desta quinta-feira (29), após a Justiça do Rio conceder habeas corpus aos dois nesta quarta (28). Eles estavam presos desde sexta (23), pelo envolvimento na morte do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz e apresentadora Cissa Guimarães, em 2010.
Na manhã desta quinta, Cissa disse que tem fé que a Justiça será feita no caso do atropelamento e morte do filho.
“Isso faz parte de todo o processo. Todos têm direito a pedir e entrar com habeas corpus, a apelar contra a condenação. É claro que a gente como sociedade, como família, quer que isso se resolva logo. Mas eu queria agradecer a todo o carinho que eu tenho recebido, todo o apoio, a toda força. Isso para mim é fundamental. Eu peço muito que a gente continue nessa corrente de fé porque eu tenho certeza que a Justiça vai se fazer e é uma Justiça para todos nós, para a nossa sociedade”, afirmou Cissa durante o programa “Mais Você”.
Recurso em liberdade
Na decisão, o desembargador Marcus Basílio, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, diz que acatou o pedido dos advogados por entender que os réus devem responder à apelação, que será feita pela defesa, da mesma forma que responderam durante o julgamento. Ou seja, em liberdade. "Estando preso, apela preso. Estando solto, apela solto", diz o texto do magistrado.
Ainda segundo o desembargador, a regra poderia ser quebrada caso houvesse uma "fundamentação concreta". Na decisão, ficam mantidas as medidas cautelares como a retenção dos passaportes dos dois.
Sentença
Na sentença que condena pai e filho, o juiz Guilherme Schilling destacou a atitude de Roberto em corromper os policiais militares numa tentativa de acobertar o filho.
Ele admitiu que pagou R$ 1 mil de propina a dois PMs do 23° BPM (Leblon), que teriam pedido R$ 10 mil para desfazer o local do acidente e evitar a prisão em flagrante do motorista.
Os dois PMs que receberam a propina, Marcelo de Souza Bigon e Marcelo José Leal Martins, responderam a um Inquérito Policial Militar e foram expulsos da corporação em 2010.
“O caso vertente retrata não apenas policiais que acobertam e omitem o crime (sendo, por isso, também criminosos), mas também os falsos pais que superprotegem os filhos criando pessoas socialmente desajustadas", afirmou o juiz na sentença.
"Impõe-se uma reflexão sobre o tipo de sociedade que pretendemos para as futuras gerações ou, mais ainda, que tipo de cidadãos somos. (...) De nada vale o Estado reconhecer a dignidade da pessoa se a conduta de cada indivíduo não se pautar por ela”, diz o texto do magistrado.
Relembre o caso
O filho da atriz Cissa Guimarães, Rafael Mascarenhas, foi atropelado na noite do dia 20 de julho de 2010 quando andava de skate em uma pista fechada para o tráfego de veículos no sentido Gávea. O jovem foi socorrido ainda com vida e levado para o hospital Miguel Couto, na Gávea.
De acordo com a secretaria de Saúde, Rafael Mascarenhas chegou à unidade com politraumatismos na cabeça, no tórax, nos braços e nas pernas. Ele chegou a ser operado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Segundo a 15ª DP (Gávea), que investigou o caso, o jovem andava de skate no túnel quando foi atropelado. A CET-Rio informou que, naquela noite, a pista ficou fechada ao tráfego de veículos das 1h10 às 4h10.
O filho da atriz Cissa Guimarães, Rafael Mascarenhas, foi atropelado na noite do dia 20 de julho de 2010 quando andava de skate em uma pista fechada para o tráfego de veículos no sentido Gávea. O jovem foi socorrido ainda com vida e levado para o hospital Miguel Couto, na Gávea.
De acordo com a secretaria de Saúde, Rafael Mascarenhas chegou à unidade com politraumatismos na cabeça, no tórax, nos braços e nas pernas. Ele chegou a ser operado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Segundo a 15ª DP (Gávea), que investigou o caso, o jovem andava de skate no túnel quando foi atropelado. A CET-Rio informou que, naquela noite, a pista ficou fechada ao tráfego de veículos das 1h10 às 4h10.
Em sua defesa, Rafael de Souza Bussamra, que dirigia o carro, alegou não ter percebido que o túnel onde ocorreu o acidente estava interditado. O motorista acrescentou que, momentos antes da colisão, seu carro estava emparelhado com o veículo de um colega e, por isso, não conseguiu parar a tempo.
Após o atropelamento, Bussamra contou que policiais o retiraram do túnel e o conduziram ao bairro do Jardim Botânico. Os PMs, segundo o réu, se encontraram no local com o pai dele, Roberto, que subornou os agentes para livrar o filho do flagrante.
Após o atropelamento, Bussamra contou que policiais o retiraram do túnel e o conduziram ao bairro do Jardim Botânico. Os PMs, segundo o réu, se encontraram no local com o pai dele, Roberto, que subornou os agentes para livrar o filho do flagrante.
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