25.4.15

Júri condena mandante da morte do ex-deputado José Nassar, em Belém

Manoel Barreto foi condenado a 17 anos de prisão pelo crime ocorrido em 97.
Francisco Dias foi absolvido da acusação de intermediar assassinato.

O Tribunal do Júri de Belém anunciou na noite desta sexta-feira (24) a sentença dos réus Manoel do Socorro de Melo Barreto e Francisco Dias Cardoso, acusados de envolvimento na morte do ex-deputado e médico José Nassar Neto no ano de 1997. De acordo com o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), Manoel Barreto foi considerado culpado de ser um dos mandantes do crime e foi condenado a 17 anos de prisão em regime fechado. Francisco Dias foi absolvido da acusação de ser um intermediário do crime, mas a promotoria anunciou que vai recorrer da sentença. Na próxima quarta-feira (29) será julgada Márcia Nassar, ex-mulher de José Nassar Neto e também apontada como uma das mandantes do crime.
Barreto seria namorado da ex-esposa de Nassar Neto, Márcia Nassar, e os dois foram apontados como os mandantes do crime.O julgamento começou nesta quinta-feira (23), quando a promotoria do caso avaliou que o depoimento das testemunhas foi importante para comprovar a participação dos réus no crime. A defesa contestou as acusações. Segundo o TJPA, foram ouvidos nove peritos responsáveis pelos laudos que constam no processo, além de dois delegados e mais quatro pessoas, entre elas a mãe da vítima.Nesta sexta, os réus negaram participação no crime durante os interrogatórios. Manoel confirmou que conhecia e mantinha relações com Márcia Nassar quando se encontravam em Icoaraci, distrito de Belém onde ambos moravam na época do crime. No entanto, Manoel negou que houvesse compromisso na relação, pois segundo ele, ambos também se relacionavam com outras pessoas. Ele também confirmou que conhecia a casa de Márcia e que ela também freqüentava e possuía chaves do apartamento onde ele vivia.Executores do crime
Em sessão anterior, realizada em setembro de 2014, o Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Belém, formado sete pessoas, após 11 horas votou pela condenação de Benardino Colares Nunes, conhecido por Edson ou Nadinho, acusado de ser um dos executores do ex-deputado. A pena, fixada em 20 anos e 10 meses de prisão, terá que ser cumprida em regime inicial fechado. Na sentença, a juíza decretou a prisão do condenado, que respondia o processo em liberdade.Na mesma sessão, também foi julgado e absolvido por insuficiência de provas, Daniel da Silva Pantoja. A defesa de Bernadino Nunes foi promovida pelo defensor público Rafael Sarges e a de Daniel Pantoja, pelo defensor público Alessandro Oliveira. A acusação ficou sob a responsabilidade da promotora Rosana Cordovil, e dos advogados Ivanildo Alves e Márcio Miranda Nassar, sobrinho da vítima.Entenda o caso
Na época do crime, a polícia apurou que os executores, após matarem a vítima, fugiram em um carro que estava na casa de José Nassar Neto, abandonando-o na avenida Augusto Montenegro, a poucos quilômetros do local do crime. Os dois executores, Bernardino e Francisco Dias, foram presos logo após e confessaram o crime.Em depoimento, os executores afirmaram que a viúva pagaria R$ 3 mil, mas depois esse valor depois foi alterado, eles passaram a sustentar que o casal pagaria no total R$ 8 mil, valor que a mulher teria levantado com a venda de um automóvel que possuía, e que teria sido adquirido com os recursos do ex-parlamentar.Os dois respondem ao processo em liberdade, e o julgamento de cada um deveria ocorrer nos dias 9 de outubro e 27 de novembro de 2014, mas foi retirado de pauta e transferido para 2015.

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