26.9.23

Após derrubar marco temporal, STF vai decidir sobre mineração em terras indígenas

Advogados afirmam ser inconstitucional proposta de Toffoli de abrir terras indígenas a atividades de alto impacto.

Indígenas comemoram vitória sobre marco temporal, mas estão alertas à continuidade do julgamento - @kamikiakisedje / APIB

Durante o julgamento histórico que declarou a inconstitucionalidade do marco temporal das terras indígenas, o Supremo Tribunal Federal (STF) passou a deliberar sobre outros pontos que ameaçam os modos de vida dos povos originários. Entre eles, está a abertura das terras indígenas para atividades de grande impacto socioambiental, a exemplo da mineração, da construção de hidrelétricas e da exploração de petróleo e gás natural. 

A iniciativa de expandir o tema original da ação, que era apenas o marco temporal, partiu de Dias Toffoli. O ministro defendeu que o STF dê prazo de um ano para o Congresso Nacional regulamentar a mineração industrial nas terras indígenas. Ele se baseou em um trecho da Constituição que determina que o poder Legislativo decida a respeito do tema. 

Toffoli propôs que os indígenas tenham participação nos lucros e que eles sejam indenizados pela porção do território que será destinada à atividade econômica. O ponto preocupante, porém, é que o ministro não citou a necessidade de consentimento prévio dos povos indígenas.

:: Em julgamento histórico, STF derruba marco temporal das terras indígenas por 9 votos contra 2 ::

Ouvidos pelo Brasil de Fato, advogados que atuam na causa indígena afirmam que a proposta de Toffoli é inconstitucional e pode ter consequências desastrosas para os povos originários. Segundo os especialistas, o Supremo viola a Constituição ao introduzir temas tão sensíveis, sem antes permitir que os povos indígenas se manifestem em tempo hábil. 

Na sessão que invalidou o marco temporal, o STF decidiu não tratar sobre as propostas de tese alheias à tese jurídica ruralista. A presidente da Corte, Rosa Weber, prometeu pautar a análise para a próxima semana, quando o restante dos ministros poderão se manifestar a respeito das propostas de Toffoli.  

Advogados apontam inconstitucionalidade na proposta de Toffoli

“A inserção de um posicionamento definitivo do STF sobre a exploração econômica desses territórios, nestes termos, viola o devido processo legal, garantido pelo art. 5, LIV, da Constituição Federal, ao não permitir que os reais interessados e impactados pela decisão se manifestem de maneira informada e em tempo hábil sobre o tema”, aponta uma nota técnica elaborada pela assessoria jurídica da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). 

“A mineração em Terras Indígenas, atividade por meio da qual se pretende autorizar toda sorte de exploração econômica de territórios tradicionais, possui alto grau de prejudicialidade à garantia e manutenção dos Direitos dos Povos Originários, além de ameaçar diretamente sua sobrevivência física, religiosa e cultural”, prosseguiu a Apib. 

Rafael Modesto, assessor jurídico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) que defende povos indígenas em ações relativas ao marco temporal, também criticou a introdução repentina de temas que não haviam sido tratados ao longo dos dois anos em que a ação tramita no plenário do Supremo. Modesto ressalta os impactos negativos de grandes empreendimentos econômicos. 

“A gente sabe o que acontece quando há exploração econômica de territórios indígenas. É violência contra comunidades, é doença chegando, é prostituição, alcoolismo… Onde tem não índigena impactando a terra indígena, vemos esse resultado”, afirmou Modesto.


:: Mineração em terras indígenas da Amazônia aumentou 1.217% nos últimos 35 anos ::

“E o objeto do processo, que é a posse indígena, não comporta discussão sobre a exploração das terras indígenas por terceiros. A gente espera que não tenha seis votos para aprovar essa tese”, acrescentou o advogado do Cimi. 

A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) também expressou preocupação com o voto de Toffoli. A entidade avalia que a proposta flexibiliza um dispositivo importante da Constituição, o usufruto exclusivo dos indígenas sobre seu território, e promete se mobilizar contra violações a esse princípio.  

“Efetivar os pressupostos constitucionais referentes ao direito originário dos povos sobre seus territórios (demarcação) e do usufruto exclusivo permanecem como prioridades na nossa pauta de luta”, escreveu a Coiab.

“O Marco Temporal caracteriza um entre os diversos instrumentos que representam retrocessos e empecilhos à efetivação dos nossos direitos, de modo que sua superação é parte em um todo da nossa resistência unificada”, prosseguiu a organização.

Indenização a fazendeiros também preocupa indígenas 

Além da proposta de Toffoli, outra tese que será debatida pelos ministros na próxima semana é de autoria de Alexandre de Moraes. Ele propôs que proprietários de fazendas sobrepostas a terras indígenas tenham direito à indenização no momento da desapropriação, e não apenas pelo valor das construções erguidas na área, como está previsto na Constituição, mas também pelo valor da terra.

Ao defender engordar as compensações aos fazendeiros, Moraes "requentou" uma pauta defendida por ruralistas há pelo menos 15 anos. Em nome dos latifundiários de Mato Grosso do Sul, a ministra Simone Tebet é uma antiga articuladora da proposta, que agora tem chances de se concretizar via Judiciário. 

                                                            

:: Entenda a indenização a fazendeiros em discussão no julgamento do marco temporal ::

"Nós defendemos que essas indenizações sigam o rito que determina a Constituição, que são as indenizações pelas benfeitorias de boa-fé. E que essas indenizações sejam feitas desatreladas de qualquer processo demarcatório e que isso não inviabilize as demarcações", disse Maurício Terena, advogado da Apib.

Para a Apib, o ministro desconsiderou o cenário generalizado de grilagem e de ocupação criminosa de territórios indígenas pelo agronegócio, inclusive com a prática de pistolagem. O setor jurídico da Apib teme que a indenização substancial possa servir de estímulo à invasão de terras em fase de regularização, premiando os invasores e aumentando os conflitos no campo.

"A violência contra os povos indígenas é causada por uma série de fatores, incluindo o desmatamento, a mineração ilegal, a grilagem de terras e a expansão da fronteira agrícola, mas o principal motivo é a morosidade na demarcação das terras", escreveu a Apib. 
 Fonte: BDF20

Edição: Rodrigo Chagas






 

25.9.23

TRÊS TEMPOS Coluna do Edson Luiz .

   




                                                               1° Tempo

 Curionópolis 1:

Bom minha gente, a cidade está em   paz. 

Apesar de que alguns veste calças,  continuam  espancando mulheres, as autoridades tomam as providências, e jogam os canalhas atrás das grades.

Foi mais um caso que ocorreu esta semana aqui em CURIPA CITY.

Parabéns a nossa polícia local.


A nossa administração está cada dia melhor.

Por onde se passa na cidade de Curionópolis e nas circunvizinhas, a conversa nos bastidores é a mesma.

Todos comentam que Mariana Chamon, chegou para mostrar como se governa com amor e respeito a população.

Por isso , até o momento não apareceu ninguém para colocar o nome para enfrentar a Prefeita mais amada do Brasil.

E parece me, que não vem aparecer.

Por que se aparecer, vai levar uma taca tão grande, mas tão grande, que ficará traumatizado (a).

A verdade é essa.

Pronto falei. 

                                                           2°  Tempo

Curionópolis 2:

Agora tem coisas que acontecem também, que sou obrigado a falar.

Já que não sei o motivo que ninguém cobra.

Por Exemplo, os vereadores da Câmara Municipal de Curionópolis, ganham um salário muito bom, pago pelos moradores.

Para termos uma ideia, tem pai de família na nossa cidade, que levarão seis meses para ganhar, o que eles ganham em apenas um mês de serviço.

Serviço?  mas o que é mesmo esse serviço?

Durante uma semana, só temos sessão na Quinta feira,  uma única vez na semana, ou seja, eles se reúnem apenas quatro vezes por mês.

Me perguntem quanto eles recebem por cada sessão, que duram em média 1 a 2 horas, que eu lhes falo.

Sem contar que já teve sessão que durou quinze minutos.

Isso sem contar que muitas delas, (Sessões), não acontecem, por falta de Quórum, onde alguns deles (EDÌS) não se programaram para irem na sessão, a trabalho.

Alguns ligam para o presidente e justificam, das duas formas.

Muitos moradores estão de olho e ameaçam em redes sociais, pedirem providências as autoridades competentes, para que estas atitudes dos parlamentares daquela casa de Leis, sejam reparadas.

Muitos moradores nas redes sociais entendem e falam, a respeito das leis existentes, onde o vereador tem que atender a comunidade durante todo o mês vigente, no seu gabinete, para acompanhar as necessidades dos moradores da urbe onde foram eleitos, já que recebem para fazer isso, ouvir o clamor do povo, e criar leis que favoreçam e resolva os problemas do mesmo

E nós da Coluna Três Tempos, estamos aqui, aguardando  moradores nos procurar, para que possamos procurar as autoridades.

                                                         3°  Tempo

Curionópolis 3:

Agora, os candidatos que fizeram o Concurso da CMC querem saber  como estão as coisas por aí Presidente, referente á Afluência?

O Certame  foi cancelado parcialmente, ou seja, somente o cargo de Procurador, que segundo denúncias do MP, devido o senhor ter sido denunciado por Improbidade Administrativa, por um Advogado, que participou do páreo, foi prejudicado, e por isso o Denunciou.

V. Exa, não divulga nada lá no Portal da Transparência, tampouco fala, na TV ou Rádio, muito menos nos Sites, Pois segundo uma fala sua comigo, achas que Sites não têm força de informação, ou seja, ridiculariza a imprensa, por achar que nós Sites, Blogs e Grupos De Watsapps não temos competência em trazer as suas decisões e informações para que a população fique sabendo.

E ainda se nega a dar informação quando é solicitado pela imprensa local.

Pois é, Presidente da Câmara Municipal de Curionópolis, o povo liga aqui para nós, querendo saber a respeito do que está acontecendo com o resultado do Concurso Público da Câmara Municipal.

Compete ao Vossa Excelência trazer esclarecimentos para a Imprensa local e consequentemente passaremos a população.

Bom, iremos ligar para o Senhor novamente pedindo explicações para dizer aos eleitores e moradores de Curipa City(Curionópolis).

E se mais uma vez, não quiseres nos fornecer informações, iremos insistir, até trazeres esclarecimentos aos nossos leitores e internautas.

Estamos de olho.

E agora deixo uma pergunta para o senhor responder Presidente da Câmara Magno Santos.

Por quê não tivemos sessão nesta Quinta-feira 31/09/23,  porque? 


Uma boa semana a todos.

                                SEJAMOS FELIZES.

Edson Luiz da Silva.

@edyluiz50

www.atribunadecarajas.com.br

*TRÊS TEMPOS*

         *COLUNA DO Edson Luiz* *1° TEMPO*   O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem sido um dos principais protagonistas n...